DALLAS, O CIRCO

O Circo Dallas foi criado em 1977, pelo artista circense, Luiz Milton Lago. Luiz Milton nasceu em 1943, na cidade de Catu, interior da Bahia. Aos 14 anos já trabalhava como locutor, quando uma Companhia de Tourada chegou à cidade. Convidado a ser locutor durante as apresentações da tourada, Luiz seguiu viagem com o grupo atuando como locutor e, pouco mais tarde, como palhaço de tourada. As viagens com o grupo duraram dois anos.

Aos 16 anos, na cidade de São Brás, estado de Alagoas, trocou as touradas pelo Circo Pinga Fogo, onde, além de apresentar e fazer os números cômicos, começou a participar de várias peças teatrais na segunda parte do espetáculo do circo. Aos 18 anos, em Lagoa das Domingas, Pernambuco, Luiz monta uma trupe com cinco artistas. O grupo Show da Alegria encenava em salões de festa, auditórios, quermesses, teatros, cinemas, apresentando números de palhaço, contorção, acrobacias. O grupo só se desfez três anos depois, em Catu, cidade natal do Palhaço Chupeta.

Com 26 anos, trabalha com o Mágico Jymme, em Salvador. Passa um ano viajando como assistente de mágico, e chega em Endieroba, interior de Sergipe. Seu personagem, o Palhaço Chupeta começa a trabalhar no Circo Irajá, onde Luiz conhece sua atual esposa, a filha do dono do circo. Seis anos depois monta seu próprio circo, Hawaii, e retorna para a Bahia apresentando espetáculos. O circo cresceu e a família aumentou.

Em 1977, Luiz compra uma lona nova e muda o nome do circo. Surge o CIRCO DALLAS. Começa assim o primeiro, de muitos causos que Luiz Milton Lago, o Palhaço Chupeta, escreveria na história do circo da Bahia, do Nordeste e do Brasil.

Durante os mais de 30 anos de existência do Circo Dallas, percorrendo toda a Bahia e diversos municípios do Nordeste, a trupe formada por filhos, netos e sobrinhos de Luiz Milton destacou-se pela admiração e carinho que cultivou na área circense. O Circo Dallas é respeitado por todos que viajam com suas lonas coloridas pelo Nordeste brasileiro. Um circo que ajuda artistas que estão em dificuldade, que procura informar aos circenses mais distantes, as novidades sobre editais e política pública para o circo. Um circo amigo, que é muito bem recebido nas cidades por onde passa.

Em 2002, ganhou uma lona pelo Projeto Reviver o Circo. Em 2007, ganhou o Prêmio Funarte de Estímulo ao Circo, com o Projeto Revivendo o Circo-teatro. Em 2008, ganhou o Calendário de Apoio da FUNCEB-BA. E em 2009, ganhou o Edital BNB de Cultura, o Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo e o Edital Fura-Fura de Montagem Circense da Funceb. Desde 2007, integra a Cooperativa de Circenses da Bahia, sendo um membro ativo das discussões em torno do circo baiano.